Nobres Recitais | Freddy Kempf

Reza a história que, na noite de 28 de outubro de 1787, Wolfgang Amadeus Mozart não tinha escrito ainda a ‘Abertura’ para a sua ópera ‘Don Giovanni’, K.527 que se estrearia na noite seguinte. Após um serão de conversa e bebida com amigos, Mozart regressa a casa por volta da meia – noite e, em cerca 3 horas, escreve uma das mais geniais páginas da História da Música. Episódios como este atestam a facilidade de Mozart em compor obras de génio que desafiam as leis da natureza humana. O Concerto nº22 em Mi bemol Maior para piano e orquestra, K.482 foi estreado em Viena a 23 de dezembro de 1785 com o próprio Mozart ao piano, numa altura em que ele se ocupava já na composição de ‘Le Nozze di Figaro’. Dos 27 concertos para piano que escreveu, este é o primeiro onde utiliza o clarinete numa partitura de uma elegância particularmente aristocrática e de uma escrita por vezes difícil para o solista. Não existem provas concludentes que nos garantam que a estreia da Sinfonia nº40 em Sol Menor, K.550, tenha ocorrido durante a vida do compositor. Terminada em 1788, esta sinfonia em quatro andamentos é, a par da Sinfonia nº 25, a única que Mozart escreveu num tom menor.

Piano e Direção musical | Freddy Kempf

Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina titular | Joana Carneiro

Wolfgang Amadeus Mozart | Don Giovanni, Abertura, K. 527; Concerto n.º 22 em Mib Maior para piano e orquestra, K. 482; Sinfonia n.º 40 em Sol menor, K. 550